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SPF, DKIM e DMARC Explicados: Como Configurá-los e Combater E-mails Falsos

Você trabalhou cuidadosamente em sua estratégia de e-mail marketing mas ainda enfrenta o problema de seus e-mails serem devolvidos ou acabarem na pasta de spam o tempo todo?

Isso é algo que nenhum representante de vendas ou marketing deseja enfrentar. Afinal, devoluções e uma alta taxa de reclamação de spam podem ser prejudiciais à reputação do remetente, à capacidade de entrega do e-mail e até mesmo fazer com que o remetente seja bloqueado pelos ISPs.

Mas não se preocupe. Eu também passei por isso e consegui corrigir. 

Um dos motivos pelos quais seus e-mails podem ser marcados como spam é a configuração incorreta dos registros DMARC, DKIM e SPF.

Para resolver o problema, você precisa saber alguns detalhes técnicos. E é para isso que estamos aqui! 

SPF, DKIM e DMARC: quais suas funções?

Vamos começar esclarecendo alguns termos.

Ao ler as definições de SPF, DKIM e DMARC, você notará que o DNS é muito mencionado. DNS (Domain Name System) é um repositório de nomes de domínio (example.com) e seus endereços IP correspondentes (111.222.333.444). Cada domínio pode ter mais de um endereço IP. Por exemplo, um subdomínio e um domínio de e-mail terão IPs diferentes.

Para configurar SPF, DKIM e DMARC, você precisa de acesso ao DNS. Normalmente, os administradores de sistema da sua empresa ou, em alguns casos, os desenvolvedores podem ajudá-lo com isso.

O SPF ajuda a evitar spoofing verificando o endereço IP do remetente.

SPF (Sender Policy Framework) é um registro DNS que contém informações sobre servidores que possuem permissão para enviar emails a partir de um domínio específico (por exemplo, snov.io). 

Com ele, você pode verificar se as mensagens vindas do seu domínio são enviadas por servidores de e-mail e endereços IP autorizados por você. Podem ser seus próprios servidores de e-mail ou mesmo servidores de outra empresa que você usa para enviar e-mails.

Se o SPF não estiver definido, os golpistas podem tirar vantagem disso e enviar mensagens falsas que parecem vir de você. 

É importante lembrar que só pode haver um único registro SPF para cada domínio. Em um registro SPF, no entanto, podem haver vários servidores e endereços IP autorizados (por exemplo, se os e-mails forem enviados de várias plataformas de e-mail).

DKIM mostra que o e-mail pertence a uma organização específica

DKIM (DomainKeys Identified Mail) é outro padrão técnico que ajuda a identificar endereços de e-mail falsos, lutar contra spam e prevenir spoofing e roubo de identidade. 

O DKIM adiciona uma assinatura digital ao cabeçalho da sua mensagem de e-mail, que os servidores de e-mail verificam para garantir que o conteúdo do e-mail não foi alterado. Assim como o SPF, existe um registro DKIM no DNS.

DMARC alinha os mecanismos SPF e DKIM

DMARC (Domain-Based Message Authentication, Reporting & Conformance) define como o servidor de e-mail do destinatário deve processar e-mails recebidos se eles não passarem na verificação de autenticação (SPF, DKIM ou ambos).

Basicamente, se houver uma assinatura DKIM e o servidor de envio for encontrado nos registros SPF, o e-mail será enviado para a caixa de entrada do destinatário. 

Se a mensagem falhar na autenticação, ela será processada de acordo com a política DMARC selecionada: none, quarentine ou reject.

  • None – De acordo com a política “none”, o servidor de recebimento não realiza nenhuma ação quando seus envios de e-mail falharem na autenticação. Isso não afeta sua capacidade de entrega. Mas também não o protege de golpistas e por isso não recomendamos essa configuração. Somente com a introdução de políticas mais rígidas você pode barrar golpes do início e permitir que o mundo saiba que você se preocupa com seus clientes e sua marca.
  • Quarentine – Aqui, as mensagens que vêm do seu domínio, mas não passam na verificação do DMARC, vão para “quarentena”. Nesse caso, o provedor é aconselhado a enviar seu e-mail para a pasta de spam.
  • Reject – Sob a política de “rejeitar”, o servidor de recebimento rejeita todas as mensagens que não passam na autenticação de e-mail. Isso significa que esses e-mails não chegarão a um destinatário e resultarão em uma rejeição.

A opção “reject” é a mais eficaz, mas é melhor escolhê-la apenas quando se tem a certeza de que tudo está configurado corretamente.

Agora que esclarecemos todos os termos, vamos ver como você pode verificar se possui um registro SPF, um registro DKIM e uma política DMARC existentes e configurados.

Como você pode verificar se sua configuração técnica está correta?

Aqui estão algumas maneiras fáceis de verificar sua configuração técnica para ver se tudo está funcionando corretamente.

Verificando DKIM, SPF e DMARC via Gmail

Opção 1

Envie um e-mail de teste para o seu endereço e abra a mensagem. Clique em “Mostrar detalhes”. Se você vir um cabeçalho “enviado por” com o nome de domínio e um cabeçalho “assinado por” com o domínio de envio correto, então seu DKIM e SPF estão indo bem. 

Opção 2

Se você selecionar a opção “Mostrar original”, poderá ver mais informações sobre SPF, DKIM e DMARC.

Feito!

Verificando DKIM, SPF e DMARC via linha de comando

Agora vamos ver como você pode verificar registros SPF, DKIM e DMARC no Windows por meio da linha de comando. Para usuários de Mac, o processo é um pouco diferente; a verificação é feita por meio do Terminal Mac OS. Você pode ler os detalhes aqui.

Verificando o registro SPF

Você pode verificar seu registro SPF usando nslookup – uma ferramenta de consulta padrão que fornece ao usuário uma interface de linha de comando para acessar o DNS.

  1. Abra a linha de comando (Iniciar> Executar> cmd).
  2. Digite “nslookup -type=txt” seguido por um espaço e um domínio ou nome de host, por exemplo, “nslookup -type =txt google.com”.
  3. Se existir um registro SPF, o resultado será algo como: “v=spf1 include:_spf.google.com ~all”.
  4. Se não houver resultados ou se não houver “v=spf1”, existe um problema ao obter o registro do domínio ou ele não existe.

Como ler o SPF corretamente

  • A parte “v=spf1” mostra que o registro é do tipo SPF (versão 1).
  • A parte “include” lista os servidores com permissão para enviar e-mails para o domínio.
  • A parte “~all” indica que se alguma parte da mensagem enviada não corresponder ao registro, o servidor do destinatário provavelmente a recusará.

Verificando o registro DKIM

Para verificar o DKIM com a ajuda do nslookup, siga estas etapas:

  1. Abra a linha de comando (Iniciar> Executar> cmd).
  2. Na janela de comando, digite “nslookup”> Enter.
  3. Digite “set q = txt”> Enter.
  4. Digite “selector._domainkey.domain.com”> Enter. Substitua as palavras selector e domain pelo seletor DKIM e domínio que você deseja consultar.

O seletor DKIM pode ser encontrado no cabeçalho do email DKIM-Signature se você acessar qualquer email enviado, clicar em “Mostrar original” (como fizemos aqui) e rolar para baixo. É especificado como a tag “s=”.

Verificando a política DMARC

Você também pode pesquisar a política DMARC na linha de comando:

  1. Abra a linha de comando (Iniciar> Executar> cmd).
  2. Digite “nslookup -type=txt _dmarc.dominio.com”, por exemplo, “nslookup -type=txt _dmarc.google.com”,> Enter.

Verificando o DKIM, SPF e DMARC com a ajuda do MxToolbox.

Esta é, talvez, a opção mais fácil. Tudo o que você precisa fazer é acessar o site do MxToolbox e realizar três verificações. 

Observe que, para a pesquisa de registro DKIM, você precisará de um seletor, assim como no caso da linha de comando que descrevemos anteriormente.

Como configurar SPF, DKIM e DMARC?

Ao configurar os registros SPF, DKIM e DMARC, você precisa seguir a ordem correta, que pode ser encontrada na Ajuda do administrador do Google Workspace.

Estas são as instruções que você pode seguir:

  1. Configure o SPF para o seu domínio.
  2. Configure o DKIM para o seu domínio.
  3. Configure uma caixa de e-mails para relatórios.
  4. Acesse as informações de login do host de domínio.
  5. Verifique se já existe um registro DMARC (você pode usar o MxToolbox aqui).
  6. Altere a política DMARC.

Lembre-se de que tanto a configuração inicial de DKIM, SPF, MX, DMARC quanto as alterações subsequentes devem estar na ordem correta.

Abaixo você pode encontrar as configurações gerais para todos os provedores de domínio (usando o Google como exemplo). Mas lembre-se, como você tem seus próprios domínios, eles podem ser configurados de maneiras diferentes.

Configuração geral do SPF

  1. Você precisa acessar as configurações de DNS (por exemplo, Namecheap, Cloudflare, Bluehost, etc.) e criar um novo registro.
  2. Selecione o registro TXT e digite “@” em “Nome”.
  3. Cole “v=spf1 include: _spf.google.com ~all” em “Value” e salve.

Configuração geral do DKIM

Estas etapas são para os administradores que gerenciam as Contas do Google para sua empresa:

  1. Faça login no Google Admin Console.
  2. Clique no menu superior esquerdo e vá para Apps> Google Workspace> Gmail> e clique em Autenticar e-mail.
  3. Escolha seu domínio na lista suspensa, clique em “Gerar novo registro” e copie o nome do host e o valor do registro TXT.
  4. Faça login em seu DNS (por exemplo, Namecheap, Cloudflare, Bluehost, etc.), vá para a lista de domínios, escolha seu domínio e selecione “Gerar novo registro” nas configurações avançadas.
  5. Selecione o registro TXT e digite o nome do host que você acabou de copiar do Google em “Nome do registro TXT” e o valor do registro TXT em “Valor do registro TXT”.
  6. Salve suas alterações.
  7. Volte para o Google e simplesmente clique em “Iniciar autenticação”.
  8. Aguarde a atualização do DNS 🙂

Aqui está uma instrução de vídeo para caso você queira uma explicação mais detalhada:

G Suite DKIM Setup In Under 5 Minutes – Step By Step Tutorial / Guide

Configuração geral do DMARC

Assim como o SPF e o DKIM, o DMARC é uma entrada simples de uma linha em seus registros DNS (por exemplo, Namecheap, Cloudflare, Bluehost, etc.).

Antes de configurá-lo, certifique-se de configurar os registros SPF e DKIM para o domínio em questão. 

Em seguida, siga estas etapas:

  1. Vá para as configurações de DNS e crie um novo registro.
  2. Escolha um registro ‘TXT’.
  3. Adicione um hostname (por exemplo, _dmarc).
  4. Adicione o valor. Você pode encontrar uma entrada DMARC de amostra que pode ser usada para criar a sua a seguir:
v=DMARC1; p=quarantine; rua=mailto:example@domain.com; ruf=mailto:email@domain.com; fo=s

Onde:

  • v – Um valor de tag obrigatório (não o altere!).
  • p – política de processamento de e-mail. Uma das opções possíveis é especificada – none, quarentine ou reject.
  • rua – Endereço de e-mail para recebimento de relatórios estatísticos. O endereço deve pertencer ao mesmo domínio para o qual o registro DMARC está configurado.
  • ruf – Endereço de e-mail para receber relatórios sobre falhas nas verificações de autenticação. Como cada erro ao verificar o endereço do remetente gera um relatório separado, é melhor ter uma caixa de correio separada para isso.
  • fo – Determina em quais casos os relatórios serão enviados ao proprietário do domínio. Os valores possíveis incluem:
    • 0 – um relatório é enviado se as verificações SPF e DKIM falharem. Definido como padrão.
    • 1 – um relatório é enviado se uma das verificações falhar – SPF ou DKIM.
    • d – um relatório é enviado para cada verificação DKIM realizada.
    • s – um relatório é enviado para cada verificação SPF realizada.

Resumindo

Agora que seu registro SPF, registro DKIM e política DMARC estão configurados corretamente, tudo o que resta fazer é começar a enviar seus e-mails frios!

E lembre-se, a ferramenta Campanhas de gotejamento por e-mail da Snov.io está sempre pronta para ajudá-lo com o seu outreach.

Bons envios!

Roberta Lima

Roberta Lima atua na área de relacionamento com clientes na Snov.io Brasil como Head de Suporte e Global como Líder de Implementação. Quando não está trabalhando na Snov.io você pode encontrar a Roberta na academia ou tomando um cafezinho.

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